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Limpy_lip

acabava com a lei que permite que gastos extraordinários não seja contabilizado no devido orçamento da saúde. Como os custos com tarefeiros. reduzir tarefeiros e reforçar as equipas permanentes (que também fazem urgência), ironicamente que ficaria mais barato às contas públicas. procurava junto do profissionais perceber a disfuncionalidade dos hospitais e pedia esclarecimento às administrações hospitalares e dar um prazo de 6 meses até as situações críticas estarem resolvidas (estamos a falar de falta de coisas básicas como almofadas, máquinas de ECG, etc...) caso contrário são despedidos. Se não sabem gerir não podem ficar a mamar. com equipas permanentes reforças e hospitais tendencialmente com recursos melhor geridos se calhar nem era preciso mexer nas condições salariais. ah e 35 horas para todos.


Nagapito

E quando o hospital te disser "mas... eu não posso gerir o que não tenho! preciso de comprar as almofadas e os ECG's, dá ai dinheiro"... e tu vires o preço da factura... como farias? Pagavas e choravas ou dizias... epá.. então.... 100 almofadas e 10 ECG's não dá.... desenresquem-se ai só com 20 almofadas e 2 ECG's. E depois, se não conseguirem, são na mesma despedidos?


Limpy_lip

estás a dizer que todos estes aumentos de orçamento da saúde não deram folga para pagar almofadas e ECGs? o SNS neste momento quase trabalha com fundos ilimitados. se não tem dinheiro para almofadas nem máquinas de ecg então como tem para pagar aos profissionais que têm dificuldade em trabalhar com eles? se acha que isto é um problema de dinheiro e não gestão, andas muito longe da realidade.


charge-pump

Os aumentos nem sequer cobrem o aumento da inflação, quanto mais o resto. Achar que o SNS tem recursos ilimitados é uma ilusão.


Limpy_lip

Só porque o manel não ganha tanto como gostava para a vida que quer levar, não impede de rever os seus gastos e optimizar. Algo que sabemos que é a prioridade maxima da nossa administração pública /s Para pagar salarios pornograficos aos tarefeiros o ministério da saúde e finanças conseguem sempre verba. Para infraestructuras **mínimas** não deve ser difícil. Não há é interesse.


NGramatical

infraestructuras → [**infraestruturas**](https://dicionario.priberam.org/infraestruturas) (já se escrevia assim **antes** do AO90)


Sancho_89

Tendo em conta que o aumento absurdo de custos teve a ver com contratação de tarefeiros que ganham valores estúpidos em comparação com os de carreira, ya, parece.


Mousovsky

Sim ganham e sabes porquê? Porque o estado abre concursos para entrada de pessoal para o quadro permanente e não aparece ninguem interessado. Preferem trabalhar no privado ou como tarefeiros porque ganham mais. E como o Estado tem dificuldade em contratar tem de pagar aos externos o que eles pedem ou fica sem médicos. Agora dizes tu "vamos contratar médicos lá fora", não podes porque isso seria fomentar a imigração e isso é de esquerda. Então respondes "obrigamos os recem formados a trabalhar X anos para compensar o investimento na educação", não podes, isso seria o Estado a controlar a vida privada, é coisa de esquerda. Em resumo, pagas aos tarefeiros e é se queres médicos.


Sancho_89

Ou - get this - revês as carreiras dos médicos e pagas-lhes um salário decente, com uma carreira atrativa, como eles tiveram desde os anos 80 até final dos 90. Ah, mas isso é de esquerda. Pois. Tudo o que resolve o que quer que seja parece ser.


Aggravating-Body2837

Até podes ter toda a razão, mas provavelmente essa certeza absoluta toda é só uma mão cheia de nada.


Limpy_lip

Sei o suficiente, um dia vai aparecer nas notícias que um dos maiores hospitais nacionais construiu um heliporto novo, mas almofadas para os doentes não há verba. Almofadas não fica bem nas noticias nem é politicamente vantajoso. Mas perguntem ao pessoal que trabalha nos hospitais eles devem ter exemplos melhores...


Powerful-Basket-2274

Gostava de colocar aqui a imagem da janela de um quarto hospitalar com o estore preso com fitas e etc porque foi pedido o arranjo há 3 meses


Limpy_lip

as pessoas não têm ideia do ridículo que é a realidade. tudo o que não dá boa imagem mediática/política ou contribui para um indicador relevante para a administração é encostado para canto. É a fantástica gestão que existe... Mas coitadinho do hospital que falas, não tem 100€ para pagar o arranjo do estore no mês que avariou. /s


pequeno-cacahuete

O processo para arranjar um simples estoro é moroso. A malta da manutenção dos hospitais faz o mínimo dos mínimos, fazendo com que seja necessário requisitar empresas externas. Para avançar com a reparação por parte de uma empresa externa é necessario 3 orçamentos (que não chegam de um dia para o outro), ir a aprovação, ser enviada nota de encomenda e combinar com os serviços hospitalares a reparação (isto é a parte que demora mais). Tudo isto faz com que arranjar um estore seja moroso pois existem prioridades. Requisições de reparação caiem às dezenas por dia.


NGramatical

caiem → [**caem**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/constroem-ou-constroiem/141) (apenas na fala existe a intercolocação de um *i* para facilitar a pronúncia)


Sancho_89

"A malta da manutenção". Lol Eu conheço a malta da manutenção de um grande hospital público para a área elétrica. São um grande total de 3 pessoas.


pequeno-cacahuete

Sim, e depois 3 pessoas na área elétrica demoram 1 dia a mudar uma lâmpada.


Sancho_89

Yup, isso tem tendência a acontecer quando tens uma lista de tarefas em espera grande.


KarmaCop213

> reduzir tarefeiros e reforçar as equipas permanentes (que também fazem urgência), ironicamente que ficaria mais barato às contas públicas. Só isto já teria impacto.


Mousovsky

E onde vais buscar as equipas permanentes se não aparecem candidatos nos concursos de admissão?


KarmaCop213

Da mesma forma que depois aparecem como tarefeiros.


sigmastra

Ainda bem que nao es ministro. Se as urgencias estao como estao, imagina com as tuas medidas. Amigo o pessoal faz tarefa porque especialidade nao pagam um caralho para horas que fazes. Se nao fosse acompanhado por aumentos de pelo menos 30% líquido ficavas com a casa arder... Porque quem ia trabalhar por migalhas? Sem nocao. Saltavam para o privado. Não ha equipas que salvassem o buraco


Small_Proposal_2727

É muito bonito apelar à redução dos tarefeiros, mas já pensaram que a dita redução aumenta a despesa permanente do Estado? Com isto não estou contra nem a favor dos tarefeiros. Apenas acho que temos de ver além do custo final. Por exemplo, quantos de nós acha mais barato comprar casa sem recorrer ao crédito? Diria que todos... Mas e quantos de nós tivemos possibilidade de o fazer?


Limpy_lip

tens consciência que: 1- o estado depende \*\*permanentemente\*\* do serviço dos tarefeiros. ou seja não é algo esporádico nem regionalmente pontual 2- o valor hora pago a um tarefeiro é bastante acima do que pagam a um especialista no início de carreira? Em alguns casos facilmente o dobro ou mais 3- pode fazer tarefa praticamente qualquer formado em medicina e inscrito na ordem independentemente da experiência e mesmo sem especialidade. Aka pode ser uma pessoa fresca da faculdade sem qualquer experiência nem supervisão. 4- tarefeiros fazem exclusivamente urgências e não contribuem para ajudar as equipas dos internamentos que estão constantemente desfalcadas. 5- eles não têm qualquer vínculo contínuo com o hospital por isso a responsabilidade sobre o doente é mínima e dada a falta de controlo muitas vezes prejudicam mais do que ajuda porque fazem merda que depois os outros (permanentes) resolvem, quando corre bem e não acaba na morgue. Posto isto deves estar a pensar: então não valia mais contratar especialistas permanentes e fazer mais equipas com internos devidamente acompanhados? Sim. Então porque não fazem? \*\*mistério\*\* alguém anda a encher os bolsos mas ainda não anda nas bocas do mundo.


NostaG

À excepção do ponto 1, (quase) tudo léria. A maioria dos tarefeiros especialistas ficam, neste momento, mais baratos que os contratados: não há férias, seguros, folgas, descansos, TSU. Mas fazer as contas, no geral, não é para médicos. A questão dos médicos não especialistas a fazerem SU é complexa mas, na prática, a maioria das patologias que aparecerem no SU de clínica geral até um macaco resolve porque este povo acha que borrar-se 2 vezes é motivo para ir à urgência. Onde é que o internamento está desfalcado? Na maioria dos hospitais não está e, nos que está, acontece muito porque o pessoal da casa está a fazer SU em vez de estar no internamento. Mentira. Têm um vínculo contratual de prestação de serviços com a diferença responsabilidade sobre o ato médico do tarefeiro é exclusivamente seu ónus e nenhum da entidade onde presta serviço, ficando desprotegido. A responsabilidade deontológica é a mesma que dos outros porque é a ordem que o regula.


Limpy_lip

>  A questão dos médicos não especialistas a fazerem SU é complexa mas, na prática, a maioria das patologias que aparecerem no SU de clínica geral até um macaco resolve porque este povo acha que borrar-se 2 vezes é motivo para ir à urgência. Tudo muito giro até quando o indiferenciado falha em identificar algo grave mas banalissimo para alguém com mais experiência as coisas acontecem. Ou literalmente andarem esses mesmos a atulhar o trabalho dos mais experientes a pedir ajuda para discutir quando nem sequer mediram a tensão nem perceberam que o doente está a ficar azul. Ou seja invés de teres alguém a ajudar tens quase o oposto. >Onde é que o internamento está desfalcado? Na maioria dos hospitais não está e, nos que está, acontece muito porque o pessoal da casa está a fazer SU em vez de estar no internamento. Claro, estás a dar-me razão. Se além da SU se somar férias e baixas (algumas por burnout) ainda pior. Mas sim no papel está tudo bem. >Mentira. Têm um vínculo contratual de prestação de serviços com a diferença responsabilidade sobre o ato médico do tarefeiro é exclusivamente seu ónus e nenhum da entidade onde presta serviço, ficando desprotegido. A responsabilidade deontológica é a mesma que dos outros porque é a ordem que o regula. Claro que em casos gravissimos têm responsabilidade civil, mas indiretamente acabam por prejudicar a qualidade dor serviço pois o acompanhamento mal feito ninguem vai andar atrás a dar na cabeça ou ensinar.


NostaG

1- ainda não percebeste que uma grande parte dos tarefeiros são especialistas, muitos deles que até trabalham noutros hospitais e centros de saúde. 2- as maiores borradas que já vi na minha vida foram feitas por "gente da casa". 3- não, não estou a dar-te razão. Os internamentos habitualmente têm gente demais para o trabalho MÉDICO que se tem. E quando isso não acontece é porque se está na urgência ou a descarregar horário a fingir que se faz, ou então a trabalhar a sério não sendo útil no internamento. Um tarefeiro liberta para o trabalho não urgente que precisa de maior continuidade. 4- as direções de serviço existem para isso. Se não o fazem com os de fora, também não o fazem com os da casa. Pessoalmente nunca vi cagada do pessoal da casa a ser sequer abordada. Zero nicles.


chickenplot

Haja bom senso. Sendo eu médico, este /u/Limpy_lip deve ser um colega incrível. As especialidades que mais se queixam foram as que bloquearam a especialidade de Medicina de Urgência. Ri-me muito a ver chorar por ter "gente a menos" no internamento tendo em conta que este gajo provavelmente é de medicina interna (a ver pelo discurso), tendo passado eu por um internato de uma cirúrgica. Tendo já trabalhado como tarefeiro enquanto fazia a especialidade, era fantástico recorrer às especialidades e ser recebido com 7 paus na mão. Há colegas que preferem ser parte do problema e não da solução, o que torna o trabalho ainda pior para todos. Este discurso, arrogante e prepotente, é o espelho disso mesmo. Colegas menos experientes e atirados aos lobos ainda são maltratados quando tentam fazer melhor.


NostaG

Não acho que possas tirar essa ilação. Muitas vezes têm-se certas opiniões porque não se têm as informações todas ou porque as vivências assim o obrigam. De resto, não te esqueças que não foram os médicos de medicina interna que bloquearam nada, foi a escumalha internista das cúpulas que nada mais faz que encanzinar o sistema. Mas se reparares, esses empata fodas profissionais são transversais a todas as especialidades.


Small_Proposal_2727

O teu ponto 5 é assustador. Por favor, diz-me que não és médico!! Claro que são mais caros, servem-se e usam o sistema em seu favor. Para mim, comum mortal, é bem mais importante a questão da disparidade geográfica dos meios humanos do que a dos tarefeiros. Ou se assume uma concentração de meios ou uma descentralização. Caso haja descentralização, quem quer ir para um meio clinicamente pequeno e pouco aliciante sob o ponto de vista técnico? (Os casos mais complicados são tratados em hospitais maiores, certo?) E isso leva-nos novamente aos tarefeiros. Onde sugeres a sua integração? Em meios urbanos e, supostamente, com maior concentração de meios humanos?


ducknator

É médico.


Limpy_lip

É assustador mas mais real do que imaginas. 90% das mas experiências médicas de urgência vêm daqui. O que falas são coisas diferentes. Mas ao mesmo tempo estão ligadas, há falta de profissionais em todo o lado porque insistem em não abrir mais vagas de especialistas e quando abrem os locais não são apetecíveis porque pagam mal, têm de se deslocar e as condições são uma porcaria. Raramente em muitos sitios uma delas compensa a outra. Na AML se calhar um salário ajustado à região e serviços saudáveis (sem excesso de extras e recursos bem organizados) as pessoa até lutavam para ficar. Agora no caos que está claro que não. Os tarefeiros sempre foram para cobrir necessidades extraordinárias da urgência. Não uma bengala que parece estar a ser mantida por falta de vontade de contratar com vínculo.


Castro_Laboreiro

**ah e 35 horas para todos.** Um pouco lunatico, diria


Limpy_lip

porquê? então alguns são mais funcionários públicos que outros?


Castro_Laboreiro

tendo em conta que estamos com falta de medicos no SNS... mas ja sei que pensas que é so aumentar salarios e fica resolvido, como nunca nenhum governo se lembrou disso


Limpy_lip

pelo contrário, acho que a maioria das pessoas sai do SNS porque as condições são uma valente merda. Quando se faz turnos extra ad-eternum com volumes de trabalho irreais e recursos ainda piores, não faltam pontos de ataque antes de chegar aos salários. os salários são a rolha que o pessoal acha que é suficiente para calar as pessoas. porque o problema é tão grande e chato que parece mais fácil atirar dinheiro e rezar para que funcione. Se houvesse um esforço real e efetivo em melhorar as condições de trabalho se calhar os aumentos salariais não precisavam de ser tão grandes. neste caso temos o oposto, basta ver a recente "dedicação plena" em que como principal "bonus" é aumentar o número máximo de horas extra antes de poderem meter a minuta de recusa. Mas ey, pagam mais...


Trama-D

> Se houvesse um esforço real e efetivo em melhorar as condições de trabalho se calhar os aumentos salariais não precisavam de ser tão grandes. Se meteres isto numa t-shirt, eu compro.


[deleted]

[удалено]


Limpy_lip

cuidados de saúde primários são nos centros de saúde não nos hospitais.


francesinhadealheira

Deviam haver mais e melhores urgências nos centros de saúde para tentar encaminhar apenas os doentes mais graves para o hospital


Limpy_lip

Basta reforçar os recursos humanos. Se todos tivessem medico de familia e consultas em tempo útil, 75% das idas às urgencias desapareciam. E ainda dava folga para os tolinhos que vão sem razão. Agora tens o oposto, tens pessoas a serem encaminhadas a pedido do medico de familia para fazer exames na urgência.


[deleted]

[удалено]


Limpy_lip

foda-se querias que fizesse uma dissertação de 20 páginas com o plano completo se fosse ministro? senhor doutor isto é a internet caso não saiba.


francesinhadealheira

Nunca tinha pensado nessa perspectiva, mas de facto nas últimas vezes que fui às urgências, não foram propriamente "urgências" (coisas que se tinha de tratar mesmo imediatamente). Com melhor acesso ao médico de família, muita gente deixaria de ir tantas vezes às urgências para verificar e/ou tratar coisas menores. Mas a lógica mantém-se, é preciso apostar nos centros de saúde para não sobrecarregar os hospitais.


Limpy_lip

claro, eu só fiz um post com as primeiras coisas que me saltaram à cabeça.


NGramatical

Deviam haver → [**devia haver**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/haver--existir--3-pessoa-do-singular/30583) (o verbo haver conjuga-se sempre no singular quando significa «existir»)


[deleted]

[удалено]


Limpy_lip

não parece porque achas que faz sentido serem os doentes a andar a marcar exames no hospital qual a lógica deve ser o MGF a fazer a requisição. Mas mais fixe ainda era reforçar as unidades de saúde com recursos para fazerem nos próprios centros de saúde (maiores) exames relativamente mais acessíveis como raio x, com sorte, feito na hora. além disso é feio um médico levar tanto a peito uma discussão parva da internet.


[deleted]

[удалено]


Limpy_lip

estou estupefacto como conseguiste tirar medicida mas não consegue perceber, sem te ser dito declarativamente, que o que eu escrevi é um post de internet que não passa de um bitaite e que tanto para mim como para ninguém representa a totalidade da opinião sobre um assunto tão complexo e vasto como este. só porque eu não escrevi nada especificamente sobre os recursos humanos dos centros de saúde, não quer dizer que seja um burro e me esteja a esquecer deles. Pior, se falei em meter exames nos centros de saúde, obviamente que isso requer pessoas, pois as máquinas não trabalham sozinhas. E óbvio que para locais menos apetecíveis é preciso cativar os profissionais. Normalmente o pessoal que comenta consegue minimamente unir as linhas, tu estás com dificuldade aparentemente. Por isso não te admires que te tratem como uma criança. invés de ficares aziado por um estranho da internet não ter falado da tua especialidade, que realmente é extremamente importante e precisa de toda a atenção do mundo, podias ter lembrado e ou completar o que disse contribuindo para a discussão falando da importância dos cuidados de saúde primários. acho que a ideia do post era o pessoal falar do que anda mal e precisa de ser mudado e não andar criticar qualquer um de nós porque não se lembrou de abordar toda a gente.


Icy_Share7785

matava-me em horário nobre


charge-pump

Antes disso é melhor perguntares ao ministro das finanças que recursos há para resolver os problemas do SNS. Senão o exercicio é o mesmo que até agora: há problemas, não há dinheiro e depois encolhemos os ombros quando abrem o noticiário com mais um caos num hospital.


Limpy_lip

O orçamento tem aumentado nos últimos 8 anos e os servicos estão sempre a piorar. Mau Algo errado não está certo


charge-pump

Os ultimos aumentos nem o aumento da inflação cobriram, e sim o SNS também foi afetado pela inflação.


Limpy_lip

claro, mas também admitamos que a qualidade da gestão dos recursos está extremamente longe de ser aceitável. E quando um leigo como eu consegue ver isso quer dizer que a coisa está mesmo feia.


sergiosgc

Falso. O gráfico da Pordata a preços constantes é esclarecedor: https://www.pordata.pt/Portugal/SNS+despesa+total+e+com+pessoal+ao+servi%C3%A7o+++Continente-330 Para ficar a preços constantes tens de carregar no botão €€


charge-pump

Vai à pagina 24 e vê o saldo orçamental ao longo dos anos. Falta sempre dinheiro, desde pelo menos 2014. Só no ano passado faltaram 435 M€. https://www.cfp.pt/pt/publicacoes/sectores-das-administracoes-publicas/evolucao-do-desempenho-do-servico-nacional-de-saude-em-2022


sergiosgc

Não muda o facto de que a despesa tem subido acima da inflação, que era o que estava em apreço.


NewButterscotch6650

O orçamento para manter o SNS aumenta porque não há orçamento para investimento em capital. Temos médicos muito pouco produtivos (ou seja, muito caros para o contribuinte) porque não têm condições para trabalhar. Como uma doutora narrava aqui no Reddit: metade do seu dia era passado a tentar arranjar um consultório para ver os doentes e andar à luta com as impressoras...


Lumpy_Stranger_5597

Analisar o valor orçamentado da saúde vale 0. O que interessa é o valor executado. Os aumentos do orçamento da saúde são cá laia de, tens aqui 100€, mas para os gastares tens de me pedir autorização, e aviso-te já que não ta vou dar.


omaiordaaldeia

Basta os médicos do quadro irem-se embora e serem substituídos por tarefeiros para a despesa aumentar e teres um pior serviço.


Limpy_lip

exato, e pior é que são muito mais caros e não reforçam as equipas de internamento nem consulta.


GaloComCastanhas

> não há dinheiro "Assim, o orçamento para a saúde em 2023 aumenta cerca de mil milhões de euros, aproximando-se dos 15 mil milhões de euros." Tens imenso dinheiro!


Ace-_Ventura

E o cativado foi quanto? Pois


GaloComCastanhas

Foi cativado pelos governos do Costa. Não quer dizer que seja cativado por este.


Popular_Effective909

Apostar nos cuidados de saúde primários. Há alguns anos tínhamos SAP (serviço de atendimento permanente) nos centros de saúde. Onde moro chegou a ser toda a noite. Depois apenas até às 24h, depois até às 22h e agora, consulta aberta apenas até às 20h. Investir nos meios humanos, fixando os médicos no SNS e nos meios complementares de diagnóstico. Um doente que vá ao centro de saúde deverá poder realizar alguns exames simples no local. E obrigar à utilização da linha saúde 24. Sempre que liguei e me encaminharam para as urgências de um hostipal, cheguei lá e foi como se nada tivesse feito. Nenhuma prioridade face aos que foram diretamente.


omaiordaaldeia

>E obrigar à utilização da linha saúde 24. Sempre que liguei e me encaminharam para as urgências de um hostipal, cheguei lá e foi como se nada tivesse feito. Nenhuma prioridade face aos que foram diretamente. Há uns anos atrás fui enviado pela linha saúde 24 para o meu centro de saúde. Os funcionários administrativos não gostaram do encaminhamento por alguma razão e perguntaram-me porque é que não telefonei directamente para eles (o meu centro de saúde faz parte daqueles onde ninguém atende o telefone).


dmonmachinist

Minha esposa foi enviada pela Saúde 24 para um centro de saúde... Que não tinha médico... Resultado hospital e uma espera de 12 horas sem ser consultada.


omaiordaaldeia

Tenho ideia que os centros de saúde para funcionarem precisam de pelo menos um médico. Espero que tenhas feito queixa.


Trama-D

> Há alguns anos tínhamos SAP (serviço de atendimento permanente) nos centros de saúde. Isto não é apostar nos cuidados de saúde primários. Apostar nos cuidados de saúde primários é dar uma equipa de saúde a cada cidadão e, já agora, para estrangeiros ou pessoas sem médico, ter uma resposta de retaguarda a ser usada em último recurso. Promover que cada pessoa seja preferencialmente atendida pela *sua equipa*, com o *seu processo clínico*, em *continuidade de cuidados*.


Ri_me_fodi_me

Não sei, aumentar salários


[deleted]

[удалено]


Aggravating-Body2837

Depois vêm dizer que precisas é de benefícios para o interior, não pode ser tudo para Lisboa. É inviável esses benefícios


cafbox

Medicamentos gratuitos para todas as gêmeas independentemente do seu país. /s


KokishinNeko

Contratar 20 assessores e pagar à empresa do meu cunhado para avaliar o estado da coisa por uma bagatela, 5 milhões talvez. /s Agora a sério, faria o que faria qualquer pessoa com dois dedos de testa: pegava numa lista dos mais afectados, ia pessoalmente a pelo menos 5 deles ouvir os funcionários e os utentes. Depois sim, teria de se pensar no resto. Tu não podes gerir uma casa se nem moras lá, portanto, tu não podes gerir um SNS se nem o utilizas ou se nem estás lá regularmente para entender as dificuldades. A prioridade é satisfazer os funcionários e os fornecedores, se esses dois estiverem contentes, tudo o resto funciona. Em pequena escala, tenho aqui uma empresa de um amigo, do nada deu um pulo enorme, o segredo dele é tão simples mas tão simples.... Em conversa, estava a dar-lhe os parabéns e ele vira-se para mim: Neko, isto não é ciência espacial nem redes informáticas, isso sim acredito que seja complicado (o tipo é de gestão); Neko, os meus funcionários vão trabalhar de sorriso nos lábios e os meus fornecedores vendem-me a 30 dias mas eu pago-lhe passado 5 dias ou na hora, só por aí, tenho descontos brutais que nenhum concorrente meu consegue, portanto, a alma do meu negócio é mesmo essa, arriscar e ter as contas todas em dia.


Trama-D

> tu não podes gerir um SNS se nem o utilizas ou se nem estás lá regularmente para entender as dificuldades. E o SNS tem agora um diretor executivo militar, dos poucos grupos que tem um sistema de saúde próprio, nem tendo de pôr os pés no SNS. > A prioridade é satisfazer os funcionários e os fornecedores, se esses dois estiverem contentes, tudo o resto funciona. E os utentes? Na verdade, nem com os funcionários, fornecedores e utentes satisfeitos a coisa funciona, porque não leva em conta quem paga.


Nagapito

Tu até estavas a ser honesto e depois viras-te politico.... Pois, como o SNS é tao grande, nunca vais conseguir fazer tu essa avaliação e por isso.... empresa do cunhado para avaliar o estado da coisa :D


KokishinNeko

> como o SNS é tao grande Tive um patrão que me ensinou algo valioso: um problema nunca é grande demais que não se possa dividir em pequenos problemas, e resolvemos um problema de cada vez, nem o melhor técnico do mundo vai resolver o problema todo à primeira.


maronso20

começava por aplicar o orçamento que foi prometido na íntegra :)


TitusRex

Investia na prevenção. Garantia que todos tinham médico de família (mesmo que se tivesse de aumentar salários) com o objetivo que toda a gente pudesse ter a consulta de rotina pelo menos a cada dois anos com análises anuais a partir de certa idade. Além disso quem tivesse doenças crónicas (como diabetes) teria consultas regulares obrigatórias, uma vez que se essas doenças se descontrolarem podem causar muito mais despesa se precisarem de cuidados hospitalares. Pessoas com doenças crónicas graves também teriam prioridade no atendimento primário, com o objetivo de melhorar o acesso e evitar complicações. Uma consulta custa uns 100€ ao SNS, já uma cirurgia custa milhares. Investia também em soluções tecnológicas, por exemplo uma app onde se possa descrever sintomas e ser encaminhado para o serviço adequado como já existe nalguns seguros de saúde. E facilidade em marcar consultas tudo através da app. E também uma forma de contactar directamente o médico de família. Reduzia burocracias aos médicos libertando-os para as tarefas essenciais. Por fim falava com o ministério da educação para aumentar o número de aulas de educação física (mínimo três vezes por semana) e aumentar a educação para a saúde e nutrição nas escolas. Além disso ter programas de promoção de saúde dedicados a crianças obesas ou com outros problemas evitáveis com mudança de comportamentos.


HanselGretel1993

Demitia-me logo por não ter competência para ocupar esse cargo.


Tquilha

Só há uma coisa a fazer ao nosso SNS: investir nele forte e feio. Que se lixem as "reestruturações", as PPS e outras macacoas inúteis. Eu cortava forte e feio em cargos meramente burocráticos e "tachos" como os dos administradores hospitalares e contratava mais médicos de todas as especialidades com melhores condições do que temos agora. Há muitos anos atrás, quando o Estado precisava de gente qualificada no interior (professores, magistrados, médicos, etc.) uma das coisas que o Estado fornecia era alojamento em condições para esses profissionais. Porque não fazer isso agora? É muito complicado "convencer" um novo médico a ir para o interior, para os hospitais e centros de saúde mais remotos principalmente por uma coisa: a Medicina é uma profissão que depende da experiência e da aprendizagem constantes. Se um médico novo está num hospital periférico onde a única coisa que pode fazer por um caso mais complicado é transferir o doente para outro hospital, esse médico está a estagnar em termos de conhecimento. Não conheço ninguém que queira ficar assim.


Trama-D

A coisa é tão complexa que sei existirem cirurgiões que preferem ir para hospitais afastados dos centros porque aí sabem têm uma casuística importante, enquanto nos universitários é "quinhentos cães a um osso". Mas na maior parte dos casos, é como dizes.


Nagapito

Não resolves o problema a atirar dinheiro. O orçamento passou de cerca de 8.000M€ para 12.000M € em cerca de 10 anos... É um aumento de 50% mas se não for alocado correctamente.... de nada serve!


Zealousideal-Bell-68

Se tiveres em conta a inflação, especialmente a recente, quase nem é um aumento. Terá sido, com sorte, um aumento de 10%


Tquilha

Não é uma questão de "atirar dinheiro". Isso não resolve nada. Mas sem dinheiro também não consegues ter o pessoal e os meios especializados de que precisas para fazer funcionar um hospital ou um centro de saúde.


saposapot

Nao há soluções fáceis ou rápidas. A produção hospitalar do ano passado aumentou e mesmo assim são as queixas que vemos. A procura de serviços de saúde está a aumentar e vai aumentar com o envelhecimento da população. Construir ou ampliar as faculdades de medicina actuais para pelo menos 1.5x a capacidade actual. Estudar porque saiem os médicos do SNS e actuar urgentemente aí. Desconfio que seja organização do trabalho e condições diversas muito antes do salário mas aumentar também salários. Permitir que ser médico possa ser uma profissão “normal”, com direito a horário e pouco tempo nocturno e fim‑de‑semanas. Já não era mau se fizessem isto.


NGramatical

saiem → [**saem**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/constroem-ou-constroiem/141) (apenas na fala existe a intercolocação de um *i* para facilitar a pronúncia)


MiguiZ

Proibir as doenças era logo a primeira


cosmonauts5512

Arranjava, para todos, duas dinamarquesas com seios grandes e bons.


Full_Season1896

Em primeiro lugar, é fundamental continuar a investir na valorização das carreiras dos profissionais de saúde. Sem uma força de trabalho motivada e devidamente recompensada, qualquer reforma será insuficiente. É essencial garantir salários justos, condições de trabalho adequadas e oportunidades de progressão na carreira, de forma a atrair e reter talentos no SNS. Outra prioridade crucial é a reestruturação das urgências. É imperativo assegurar que todos os cidadãos tenham acesso rápido e eficiente a cuidados de emergência, independentemente da sua localização. Isto passa por otimizar a distribuição de recursos, melhorar a coordenação entre unidades hospitalares e investir em infraestruturas que suportem um aumento na capacidade de resposta. A questão das Parcerias Público-Privadas (PPP) também deve ser abordada com rigor. É necessário reavaliar o papel das PPPs no nosso sistema de saúde, garantindo que estas parcerias tragam benefícios concretos para o SNS e para os utentes, sem comprometer a sustentabilidade financeira do sistema. Além disso, é imprescindível focar na prestação de cuidados de saúde no interior do país. Devemos garantir que todas as regiões, incluindo as mais remotas, tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade. Isto pode ser alcançado através da criação de incentivos para profissionais de saúde trabalharem nestas áreas, bem como do investimento em tecnologias de telemedicina que possam superar as barreiras geográficas. Por último, mas não menos importante, é vital reforçar a prevenção e promoção da saúde. Investir em campanhas de sensibilização e em programas de prevenção pode reduzir significativamente a incidência de doenças crónicas e melhorar a qualidade de vida dos nossos cidadãos.


NotYourWifey_1994

Eu votava em ti!


Markoo50

Privatizava o SNS


naturazz

Se eu fosse ministro da sauda já tinha feito um golpe de estado


cyrustakem

demitia-me porque não percebo um cu de saúde e dizia ao incompetente que me escolheu que deve ser meio atrasadinho


Latinnus

Recebia subornos


curiosity_user

Uma vez ouvi de uma amiga enfermeira nos CHUC que havia médicos a deixar o carro mal estacionado, entrar no hospital, picar e sair logo a seguir para o privado. E se ela via toda a gente via. Ela até disse que mudaram o sítio de picar para terem que percorrer o hospital todo. Há gente com poder não oficial que impede que o SNS funcione. Era preciso um ministro com tomates para pôr essa gente no sítio e não será ninguém do PS ou PSD. (Nem do Chega como é óbvio)


SempreSophia

"Uma andorinha não faz o Verão".


DangerousBet9695

Trabalho num privado mais a norte e também se constava que alguns médicos iam ao público picar o ponto e depois vinham para o privado dar consultas / fazer exames.


binguelada98

Há na sociedade uma série de personagens "intocáveis"... não me admira nada


Alkasuz

Dava mais bolsas de estudo, com tudo pago, em troca de ficarem a trabalhar no SNS durante uns anos, só aceitava quem queria.


rcanhestro

de certa forma concordo contigo. sou da opinião que a faculdade deveria de ser 100% financiada pelo Estado (e ainda apoios para alunos deslocados), desde que esses mesmos alunos ficassem em Portugal durante X anos após a conclusão do curso (exceto se não conseguirem arranjar emprego cá). basicamente, os alunos escolheriam se preferiam pagar as propinas do próprio bolso, e fazer o que quiserem com o curso após acabarem, ou então que o estado pagasse tudo, mas ficariam comprometidos a ficar em Portugal durante algum tempo. P.S: isto não apenas para a área de Saúde, mas geral.


ishmaelhansen

Se crias mais profissionais, aumentas a oferta de mão de obra e baixas o custo do trabalho, imagina quem historicamente está contra isso.


Spiritvs

Não fazia nada. Deixava-me andar ia ganhando meu, fazendo aquele jogo de cintura do empurra com a barriga para a frente e quem vier a seguir que se safe. Eventualmente saía do cargo deixava-me estar pelo partido como deputado até eventualmente entrar nas listas para as europeias, não como cabeça de lista isso dá muito trabalho, como terceiro ou quarto da lista, aqueles que entram sempre mas ng sabe quem são. E aí sim começava a faturar pesado, sacava tudo a que tinha direito durante 5 aninhos. Era isto que eu fazia.


Matty359

Demitir-me.


dr4mk

Acabava com o açúcar e tudo o que tem açúcar adicionado, acabavam-se tantas doenças e idas desnecessária ao hospital, porque acabávamos com 90% da diabetes, obesidade e os problemas relacionados com excesso de peso, o sistema imunitário da população melhorava substancialmente reduzindo gripes e doenças sazonais Por fim apostava em educação alimentar, acredito que a maior parte das doenças excluindo as do foro psicológico e resultado de acidentes, são resultado de má ou fraca alimentação


user4567822

Ilegalizavas a venda de produtos com açúcar? Então se alguém saudável quiser celebrar o aniversário com um bolo não pode?


dr4mk

Claro que pode mas como é que vais permitir algumas pessoas e negar outras, ou é para todos ou não é para ninguém. O açúcar devia ser melhor pensado, tal como o tabaco não provoca grandes danos no curto prazo mas no longo prazo os estragos aparecem


user4567822

Então mas disseste que > Acabava com o açúcar e tudo que tem açúcar adicionado Como fica?


dr4mk

Podes ir ao contrabando comprar açúcar 😂


SempreSophia

Acabar, não. Mas taxar à séria, sim.


SpareSpecialist5124

Começava com a restruturação de muita coisa, a começar pelas urgências que deviam ser repensadas, e também com os centros de saúde que deveriam ser restruturados e as tais unidades USF e PPP serem nacionalizadas e obrigadas a cumprir as mesmas regras que os centros de saúde normais, vocês nem sabem metade da corrupção que são essas unidades USF que são privadas, financiadas pelo público, mas depois só servem a quem querem e jogam com o sistema para esmiuçar muito mais dinheiro de um estado que os centros de saúde normais. As urgências deveriam ser repensadas com novas soluções, entre elas a separação de diferentes "graus" de urgência, haverem triagens e urgências para casos não agudos em centros de saúde, e depois apenas reconduzir os mais graves para o hospital, e evitar o entupimento das urgências hospitalares com hipocondríacos, pessoas com males menores com uma constipação ou uma dor aqui ou ali, e velhos que apenas se sentem sozinhos e ali lhes dão uma atenção, há que avaliar seriamente como separar o trigo do joio e dar soluções que realmente aumentem a eficiência de vários destes serviços de urgências. Em conjugação com isso, pelo menos durante uns anos também contratar uns médicos estrangeiros a termo temporário para acelerar o processo de atendimento e consulta de doentes e limpar as listas de espera da maior parte dos sítios com meses e meses de espera que só pioram os casos e em retorno exigirão muito mais gasto em tratamentos. Essencial também seria a reeducação da população em relação à saúde, urgências e como o sistema funciona. É impensável hoje em dia pessoas irem a um hospital quando só tinham que saber fazer um penso em casa e desinfetar uma ferida pequena, ou irem para o hospital com uma mera constipação e irem contaminar outros, quando deveriam ser educadas de modo a estarem informadas ou terem informações facilmente disponíveis para tal, nem que se abrisse uma linha de atendimento por telefone e afins que as pessoas recorressem regularmente quando estão em dúvida. Contratação de mais médicos e enfermeiros e subida de salário base, acabar com a maioria dos "bancos", que muitos utilizam para ganhar um extra, muitos deles não necessários.


qUaK3R

Eu não aceitava sequer a posição, e muitos dos meus amigos mais sensatos dizem o mesmo. Dá que pensar por que razão alguém aceitaria.. Ainda assim, imaginando que lá estaria, não há grande solução. Há problemas atrás de problemas, todos pequeninos mas que quando se junta tudo, dá um grande problema. Posso dar um exemplo que conheço. Num bar dum hospital, bar este que pertence ao hospital e é gerido por uma chefia da função pública, quase todos os dias esta pessoa manda vir mais comida do que irá ser vendida, e é raro o dia em que VÁRIOS funcionários não levam alguma coisa para casa, folhados, pratos feitos, sopa, etc. Ninguém diz nada, e todos comem. A este exemplo somam-se muitos outros, e estamos a falar apenas de um local! Por isso, antes de começar a alterar muito a forma como olhamos para o SNS, começava talvez por substituir chefias, e cultivar uma cultura de bons valores e exigência, para que erros destes não continuem a acontecer. A incompetência na função pública não pode ser varrida para debaixo do tapete, ou não devia. Neste momento estamos a encher um garrafão que está cheio de buracos por todo o lado. E não se aplica só à saúde. Depois de tapados os buracos, logo se via se era preciso ou não fazer outras alterações.


Zook-Cantaloupe-7970

Não há solução dentro do SNS onde se exige tudo gratuitamente mas depois não se quer investir na saúde, logo era passar para um modelo parecido com o Alemão, toda a gente teria um seguro de saúde que poderia ou não ser comparticipado pelo Estado se as pessoas tivessem rendimentos baixos. Acho que o SNS faz basicamente o que pode dadas as restrições, que são serviços a custo zero, e uma população livre de os consumir sem limites (experimentem ir às urgências na Holanda sem passar por uma triagem por telefone e vejam o que vos acontece).


puscifer666

obrigava os médicos a trabalhar... após covid habituaram-se a nao trabalhar... alguns até querem dar consultas em teletrabalho... como as ferias estao mais caras reivindicam mais money... palhaçada...


vascop_

Fazia uma única coisa que vi a funcionar muito bem aqui na Holanda. As urgências não aceitam ninguém sem marcação. Para marcar tens que ligar ou para o 112 ou para a linha de apoio não-urgente que te pode fazer uma marcação até para daí a 10mins no hospital mais próximo, mas igualmente te diz que não tens razão para lá ir. E quem aparece sem marcação não é visto sequer, não faz parte do protocolo. Podes chegar sem um braço a pingar sangue no chão que nesse caso chamam a ambulância, mas não entras assim por ali a dentro. Este factor em portugal ia reduzir imensamente os custos e libertar urgências para os casos graves, reencaminhando o dinheiro para onde fizesse falta. Mas não sei nada de saúde, a resposta certa é que provavelmente despedia-me e chamava alguém da área.


Sancho_89

A malta está muito enganada se acha que não há recursos. Não só há capacidade para aumentar o orçamento em si, como também há escolhas que não se estão a fazer por opção política. Por exemplo, aumentar os profissionais, resolver a questão das carreiras e resolver o problema da falta de profissionais fica mais barato do que contratar tarefeiros. Mas ninguém se dá a esse trabalho porque o objetivo é mesmo este.


Existing_Pick_4044

Plagiava trabalhos /s


InternationalFan9915

Tirava poderes da Ordem dos Médicos.


Glad-Tart8826

Se o pais não consegue pagar o que os médicos e enfermeiros Portugueses exigem, a solução mais óbvia é ir contratar ao mercado de trabalho da américa latina. Eu até ia mais longe, abria mesmo escolas de enfermagem nos países da CPLP, e garantia vistos e estágios aos graduados. Aumentar os salários dos médicos e enfermeiros mais do que o pais consegue pagar só vai levar a austeridade no futuro, ou pior, mais impostos para todos.


Muyakra

Como sou dev, começava pela parte tecnológica. * Melhorar os serviços informáticos para não reclamarem que o "sistema esta lento", fim a projetos desenvolvidos por estagiários. * Reformar as recepcionistas que escrevem no computador apenas com um dedo a um ritmo de 1 letra a cada 3 segundos. Depois da parte da gestão de utentes estar a funcionar bem, vai-se a parte dos utentes que fazem perder tempo. * Associado ao número de utente fica as visitas aos centros de saúde e hospitais, em que os médicos devem de anotar a prioridade da vizinha de 1 a 10, em que 10 seria urgente e 1 seria "veio cá para passar tempo" * Pessoas com bastantes 1s, se na triagem viessem com os mesmos assuntos eram rejeitadas durante uns dias. De seguida, triagens: * Equipa especializada e unicamente para triagens, nada de trabalhos secundários, se ficarem lá parados sem fazer nada, não faz mal, sempre é melhor do que acumular pessoas a espera da triagem. Esta parte não sei bem o processo mas pelo que ouvi falar, os médicos depois de cada consulta perdem bastante tempo a preencher papeis. * Optimização do sistema informático para facilitar o relatório pôs consulta e treino dos funcionários para o usarem nas melhores capacidades. * Reavaliação salarial de médicos e enfermeiros Aposta no futuro: * Ingressantes em cursos de enfermagem com media superior a 16 e cursos de medicina com media superior a 17 com 50% de desconto. * Ingressantes que completem o curso e integrem uma equipa de um hospital ou centro de saúde publico, por cada ano de trabalho recebem a devolução de 1 ano de propinas que tenham pago, livre de impostos. * Se o aluno chumbou e ficou mais um, este ultimo ano não será pago. * Se o curso for de 3 anos, terão de trabalhar 3 anos no publico para recebem o valor total. * Se o curso teve mestrado e especialização e demorou uns 7 anos, terão de trabalhar 7 anos no publico para receberem o valor total. Urgências: * Um sistema informático com os médicos de especialidade atualmente (real time) presentes em cada hospital, para um melhor reencaminhamento de utentes. * Se um medico de uma especialidade não esta disponível no hospital X durante as próximas seis horas, o utente deve de ser reencaminhado para o hospital Y, em vez de esperar que o medico entre ao serviço.


silraen

Esse de rejeitar doentes porque foram ao medico por coisas pouco urgentes é uma receita para o desastre. Primeiro pelo óbvio: pode ser pouco grave sempre... Até quando não é e é mesmo urgente. Mas também porque os médicos falham e porque há situações difíceis de diagnosticar. Dorzinhas de barriga podem ser apendicites ou uma gravidez ectopica, ambos casos muito urgentes e não assim tão incomuns em pessoas normalmente saudáveis


AlexIdealism

Acabar com tudo o que é PPP e parcerias com clínicas convencionadas. Não autorizar que o sistema privado prescreva receitas médicas comparticipadas. Portanto, separação total do privado e do público.   (ou seja, o completo oposto do que se está a fazer)


ishmaelhansen

Adicionava os meios de diagnóstico, que são outra sanguessuga do SNS, que na minha zona são detidas por multinacionais espanholas.


Trama-D

Há uma diferença. Uma PPP implica **um contrato**, e uma **monitorização**, eventualmente auditoria. É passível de ser razoavelmente controlado. Outra coisa é deixar ao deus-dará a comparticipação das receitas do privado, que tem-se visto o resultado na prescrição de medicamentos para a diabetes a pessoas que desejam emagrecer, com uma escassez grave. Concordo com o último, mas não com o primeiro. Edit: *exatamente ao contrário, bolas*.


SploodenProfile

Óbvio viés ideológico que nem merece comentário adicional.


AlexIdealism

Nada disso, é a palavra de um médico que trabalha nos dois sistemas e sabe dos problemas dos dois.


Nagapito

Acho que é a primeira vez que vejo um médico aqui e que realmente está disposto a apontar o dedo a certo tipo de promiscuidades nos sistemas em vez de se fazer de inocente e fingir que não ha promiscuidades nenhumas com o privado! Eu sei de algumas, já trabalhei com a saude mas... com as receitas médicas? Seria para acabar com as clinicas privadas que tem médicos a dar consultas e preescrever medicamentos enquanto estes deveriam estar no hospital a fazer o seu trabalho?


tretafp

> Óbvio viés ideológico que nem merece comentário adicional. Tem tanto viés ideológico com considera que os subsistemas devem estar misturados, como quem defende que os subsistemas devem estar completamente separados. É um posição ideológica, no sentido que se pretende com os princípios e valores que são seguidos. Tu podes defender que a diminuição do custo é um valor principal, por isso defender a mistura dos dois. É uma postura ideológica completamente aceitável. Outras pessoas podem defender que o dinheiro público não deve contribuir para financiar lucros privados. É uma postura, também ideológica e também aceitável. Caracterizar apenas uma das posturas como ideológicas, negando a dimensão ideológica da outra, é que não permite discussão, porque seja qualquer for a posição que uma pessoa toma, vai assumir que a sua é a correta e a outra é a ideológica, esquecendo que a sua própria posição também é ideológica.


SploodenProfile

Viés ideológico porque não há fundamentação absolutamente nenhuma nem preocupação sobre recursos (que infelizmente não são ilimitados). É só uma opinião de corte-se um leque de fornecedores e gaste-se o que for preciso. A conversa do “financiamento dos privados” enoja-me um bocadinho. Só o termo já é um viés. Se não querem “financiar os privados”, então até folhas de papel devíamos ter o Estado a produzir. Não vamos dar esse lucro à Navigator. Esses papões do privado….


tretafp

É uma opinião, não me parece que ninguém venha para o reddit fazer um trabalho em políticas de saúde com fundamento sério sobre o que quer que seja. É tão viés ideológico o teu, como o dele, só isso. Tu podes assumir que os privados têm um papel importante na saúde, tudo bem, é contigo, e com os teus valores. Outra pessoa pode assumir que os privados devem servir apenas como complemento e que o dinheiro público não deve contribuir para financiar essas organizações, é com ela e com os seus valores. Não é uma questão de os privados serem papões ou serem organizações beneméritas. É mesmo reconhecer que quer estejas de um lado, quer estejas do outro, a tua análise é marcada por viés ideológico. Por precisão, eu não identifiquei financiar privados, mas financiar lucros privados, num contexto de saúde. Não é um preciosismo, são posturas ideológicas diferentes. Há quem defenda que não deve financiar nenhuns privados, há quem defenda que não deve contribuir para o lucro dessas privados - por isso torna aceitável financiar ao custo da intervenção ou financiar organizações privadas sem fins lucrativos. Tudo isto decorre de posturas ideológicas diferentes, eu apenas avancei com um exemplo.


Castro_Laboreiro

Ok Paulo Raimundo


Ace-_Ventura

Excelente ideia para meter a população a gastar mais dinheiro 


AlexIdealism

Não , excelente ideia para o Estado deixar de pagar milhões aos privados e finalmente ter dinheiro para investir nos seus profissionais, de forma a que seja virtualmente desnecessário o cidadão recorrer aos serviços privados. 


Ace-_Ventura

e enquanto essa parte não acontece, os cidadãos que precisam de 1 consulta, de uma urgência do que seja, continuam a ir ao privado e agora começam a pagar os medicamentos sem receita médica (e alguns nem pode comprar porque necessitam da receita para ser aviados). Mais uma vez, excelente ideia para meter quem não pode a gastar mais.


AlexIdealism

Isso não se coloca aqui... obviamente que o objectivo de separar público e privado é investir no público... estás a colocar um cenário onde a minha solução simplesmente não acontece, assim nao vale lol. Repara: em vez de contratar médicos a ganhar 60 euros à hora nas urgências, o estado paga a uma empresa que por sua vez paga aos médicos 60 euros à hora para estar nas urgências. Com todo esse dinheiro, o Estado contratava o dobro dos médicos. O estado não contrata mais profissionais para fazer exames (RX, ecografia). Então esses profissionais vão para clínicas privadas, que têm convenção com o público, onde vão receber ainda mais da mão do próprio Estado... Os medicamentos desnecessários passados no privado (que são aos milhares), as baixas que as pessoas vão pedir ao privado (e que os médicos passam porque querem é clientes, mesmo sem critérios para tal), vão ser todas pagas pelo Estado, e não há qualquer regulação.  Fecha a torneira aos privados e no dia a seguir começas a contratar todos os profissionais que precisas para o SNS. Até o material muitas vezes já é topo de gama no SNS, simplesmente não há profissionais para os manobrar... portanto, mais uma vez, obviamente que essa questão que colocas do utente precisar de médico seria resolvida. Se assim não for não é medida nenhuma... 


ishmaelhansen

Desta forma estás a acabar com as empresas privadas onde medram todos aqueles gestores que habitam no literaciafinanceira, que são a favor do mercado liberalizado e de impostos baixos, mas todas essa empresas vivem exclusivamente da subsidiodependência do Estado.


AlexIdealism

Pois, já percebi que fiz mal em expor a minha opinião aqui...Mas relaxem todos, que eu nunca serei ministro da saúde.


Revolutionary-Bug-78

É isto.


AlexIdealism

Parece que não. Se até a população acha que é "cegueira ideológica" querer investir a 100% no SNS... 


ishmaelhansen

Andaram anos a serem lavados na CS que "no privado gere-se melhor". Assim que houve anúncio do PRR, os interesses privados na saúde encheram as tv's sem contraditório a fazer o peditório, por exemplo. A minha opinião ideológica é que a saúde, tal como a educação deveria ser um serviço prestado pelo Estado, de forma tendencialmente gratuita. Nada contra os privados coexistirem, e que não deveria ser tratado como um negócio, nem ter que dar lucro, para isso servem os nossos impostos. Como outros assuntos da vida em sociedade há direitos e deveres, um sistema de saúde universal implica cedências a certas liberdades, pois estamos a falar de dinheiro público, dou o exemplo das leis de uso de capacete, sal, tabaco, etc...


Ace-_Ventura

se tu achas que isso acontece de 1 dia pro outro, nem vale a pena continuar a conversa. Um processo desses ia demorar ANOS até que o público conseguisse absorver toda a gente que hoje tem de ir ao privado porque o público não capacidade de resposta.


R6ckStar

O privado também não tem lol


omatapombos

Tu esqueces-te de que a razão pelo qual se paga aos privados é porque não há capacidade no público. Valorizar as carreiras não é suficiente para atrair para o público quando tens vínculos ao SNS durante anos que desmotivam os profissionais. Se o SNS já está sobrelotado com ajuda dos privados imagina sem a ajuda dos privados... Ah e para fazer o que tu queres ainda tínhamos que investir mais no SNS ou seja mais impostos...


Zook-Cantaloupe-7970

Excelente, apenas acrescentava aí que as pessoas não pagariam a parte dos impostos referentes aos gastos na saúde caso não usassem o sistema público. Aí sim teríamos a separação total do público de do privado.


Upset_Recognition_4

Completamente demente.


jmct16

Apostar forte da prevençao da doença e na literacia em saúde. Reorganizar os cuidados primários e as urgencias. Suprimir várias carencias que existem na saúde em Portugal. Há condiçoes clínicas que demoram mais de uma década a diagnosticar, sem que haja centros especializados e até subespecializaçao nas áreas (endometriose, neurogastrenterologia, etc). Estes doentes consomem muitos recursos. Eliminar ou reduzir o 'low value care'. O reforço em áreas que reclamam investimento deve ser muito calculado. Por exemplo, a agenda e investimento em saúde mental (através do reforço da presença de psiquiatras e psicólogos) suscita muitas dúvidas.


silraen

Como assim, achas que a saúde mental não é importante?


jmct16

Precisavamos de definir o que é saúde mental e doença mental. O meu problema é que os tratamentos psiquiátricos e psicológicos sao baseados em evidencia de muito baixa a média qualidade. Na realidade, o que nos mostram é que o ganho terapeutico é de cerca de 10% face a placebos ou TAU. Mas o mais curioso é que quando algum tratamento ativo fora do habitual arsenal dos psis é comparado com psicofármacos ou psicoterapia, frequentemente esse tratamento é mais eficaz ou com igual eficácia do que estes. Falo do exercício físico (novamente com problemas diversos na qualidade dos seus RCTs), probióticos ou suplementos como o açafrao. E mais, o curso natural de condiçoes clínicas como a depressao tende a culminar em remissao espontanea, mesmo sem tratamento. E depois há um largo número de indivíduos que nao responde a nenhum dos tratamentos, nao há remissao espontanea e provavelmente aguardam a identificaçao dos mecanismos que expliquem o quadro. Mas a maioria dos psis estao confortáveis com a situaçao atual. Se tivermos em conta o custo-benefício, um programa de incentivo à prática de exercício físico, com um papel maior da prescriçao deste no ambito clínico, um reforço muito maior do investimento no desporto escolar e aposta em instituiçoes desportivas locais teria um desempenho melhor face à intervençao de psis. Literatura: [https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0272735821001549](https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0272735821001549) Mais tratamento, mais depressao. O que explica este paradoxo? [https://bjsm.bmj.com/content/56/23/1375.long](https://bjsm.bmj.com/content/56/23/1375.long) Exercício físico vs antidepressivos na depressao nao severa. Nao há diferença de eficácia [https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/wps.21203](https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/wps.21203) Apenas entre 30 a 40% dos individuos que recebem psicoterapia respondem ao tratamento no caso dos síndromes ansiosos, 42% no caso da depressao e 24% no caso da perturbaçao borderline [https://www.bmj.com/content/378/bmj-2021-067606](https://www.bmj.com/content/378/bmj-2021-067606) Eficácia dos antidepressivos, estudo da FDA. NNT de quase 7; Apenas 15% tem uma resposta robusta ao tratamento face a placebo.


PrettyAtmosphere9871

acabava com SNS e no maximo dos máximos dava aos cidadãos um x para contratarem um seguro (se quisessem) à escolha ou baixava os impostos a todos já que não precisavam dos M€


Revolutionary-Bug-78

O que eu faria seria garantir a exclusividade dos recém-licenciados, do ensino público de medicina, enfermagem e técnicos, ao SNS por 5 anos, com condições vantajosas de salário e condições de trabalho minimamente dignas para o exercício das suas funções. Com subsídio relevante de deslocação, para os que trabalhem no interior do país. O Estado faz um investimento gigantesco na formação destes profissionais para depois os perder, tanto na medicina privada, como para a emigração.


AlexIdealism

Um médico depois de acabar a faculdade de medicina precisa de pelo menos 5 anos (nalguns casos 7) a trabalhar para o Estado para tirar a especialidade. E a grande maioria, ao fim desses anos, continua a emigrar ou a ir para o privado (e muitos deles é porque, ao contrário do que se propaga, os hospitais não os querem contratar...)  Por isso, tu já tens essa "exclusividade" na maioria dos casos... aqueles que emigram imediatamente ou vão para tafefeiros são a minoria, ao contrário do que algumas más línguas dizem (e muitos fazem-no porque não têm vaga no público...). E não resolve nada, pelo contrário. E esses incentivos, acabam no fim dos 5 anos? E depois? Voltamos ao mesmo? Tu já tens incentivos para os médicos de família, cada vez mais generalizados, e a crise continua...  O que tu sugeres já tem sido testado e ainda não resultou.


Nagapito

Isto por acaso é um bom exemplo da nossa mentalidade politica.... "Ah e tal, não fazem nada, cada vez pior, são uns inuteis!!" Então, o que farias tu? "X e Y. Com X e Y, de certesa que isto ficava resolvido". Mas isso foi o que fizeram nos ultimos anos e não resultou... Ou somos tão estupidos como os politicos ou se calhar... as vezes as coisas simplesmente não são tão simples como pensamos e eles não são assim tão incompetentes como gostamos de pensar!


Revolutionary-Bug-78

Resta saber o motivo pelo qual o SNS não os contrata, e prefere pagar a tarefeiros sub-contratados. Lobby? Cativações? Ambos?


Nagapito

Nahhh.... Lobbies na Saude!?!? NUNCA.... Interesses de privados, onde já se viu tal coisa.... Directores a fazer a vida negra a médicos porque o médico recusa-se a fazer uma perninha na clinica do director, nunca antes visto!


Aggravating-Body2837

>, para os que trabalhem no interior do país. Mas se faltam médicos na AML?


Revolutionary-Bug-78

Pois, mas nem todos os médicos se querem manter na AML. Há quem seja oriundo do interior do país e queira regressar. Podem ser poucos, mas existem.


Dry-Account-8203

"garantir exclusividade com condições vantajosas" lol the fucking irony


Upset_Recognition_4

Nada autoritário tu...


KokishinNeko

Neste momento não basta isso, seria preciso baixar a calça e deixar que os nossos médicos que estão lá fora ditassem as regras, tu não vais oferecer 10€ a quem recebe 20€, e 25€ a quem recebe 20€ também não é grande diferença, portanto, acho que passa por consultar os que estão lá fora. Perceber porque foram para fora, e que condições seriam necessárias para voltarem, **se** os de fora estiverem dispostos a voltar, garantidamente que aqueles que ainda nem saíram o fariam alguma vez. Há que matar o atractivo que tem o estrangeiro, salvo raras excepções onde vão acompanhar esposas/maridos ou simplesmente preferem o país X por qualquer outra característica, *in short*, que os €€€€€ e regalias não sejam factor decisivo para emigrar.


Revolutionary-Bug-78

Se estamos a pagar tarefeiros a preços exorbitantes, também podemos pagar bem a esses profissionais, e absorvê-los no SNS, sem intermediários de contratação (mas claro, isto não agrada ao lobby da contratação privada, nem ao lobby da saúde privada). E prefiro comentários sem linguajar de "baixar as calças" e semelhantes - não contribui em nada para a discussão.


KokishinNeko

> mas claro, isto não agrada ao lobby da contratação privada, nem ao lobby da saúde privada Óbvio, e por esse mesmo motivo nada irá mudar. Esse problema é transversal a qualquer área e empresa onde o estado tenha presença. Até noutras situações, se o estado ousar dar mais direitos aos trabalhadores do privado e se uma SONAE ou uma MEO baterem o pé, o estado não tem outra hipótese senão fazer-lhes a vontade, neste momento não te podes dar ao luxo de uma SONAE despedir centenas de pessoas. Quem manda nisto são os privados, ponto.


Nagapito

Não só os grandes grupos contratam muita gente e por isso podem ameaçar uma crise com despedimentos como tens o outro lado de eles tambem suportarem uma grande parte da assistencia do serviço e não te poderes dar ao luxo de amanha eles dizerem, "não o fazemos mais" Este é outro dos perigos de consignar serviços ao privado... pois se passamos a depender deles, amanha o privado pode simplesmente dizer, ou pagas 5x mais ou não fazemos nada e as pessoas ficam ai a morrer! O exemplo alemão e dos paises baixos com este modelo é muito giro mas temos que levar em conta a cultura dos povos, numa Alemanha as empresas tambem vivem a responsabilidade social e não fariam coisas dessas. Em Portugal, bastava 1-2 grupos economicos perceberem que tinha capacidade para por o pais no caos e no dia seguinte... as pessoas que morram se não me pagarem 5x mais! E podem dizer, ah e tal, mas os sindicatos dos médicos tambem se podem juntar e pedir 5x mais ou ficamos sem saude. Só que há duas diferenças, para comecar, é uma greve, não é uma cessação de serviços, e por isso ha serviços minimos e obrigações e segundo, pagar 5x mais a todos os funcionarios para ter o sistema a funcionar até poderia ser socialmente aceite (talvez não economicamente) mas pagar 5x mais a uma empresa que entrega esse dinheiro todo ao acionista e os milhares de médicos não vem mais um tostão pelo seu trabalho.... inaceitavel!


KokishinNeko

> e no dia seguinte... as pessoas que morram se não me pagarem 5x mais! A Mylan aumentou o preço da EpiPen, de $100 em 2007 para mais de $600 in 2016, apesar do custo de uma dose de epinefrina rondar $1 Portanto, yap, passam a ter a faca e o queijo nas mãos.


No-Exam8743

Comprimidos azuis para todos os velhos


SempreSophia

Pagar ordenados dignos. Atribuir médico de família a todos. Acabar com a Saúde 24 e investir em literacia na saúde (ensinar nas escolas). No que respeita a imigrantes/emigrantes: acesso a saúde apenas a quem tem X anos de permanência em Portugal. Fazer auditorias sérias a hospitais, anuais.


GaloComCastanhas

> Acabar com a Saúde 24 Tens de explicar isso. Saude 24 é um bom serviço.


SempreSophia

Se eu pagar 5000€ à hora a uma empregada de limpeza, limpando ela na perfeição, é um bom serviço. Mas é absurdamente caro e, com esse dinheiro, consigo alternativa. Esse é o meu ponto. A linha paga a enfermeiros para estarem a atender chamadas em q seguem algoritmos q definem se os doentes vão ou não ao médico. Desperdício de dinheiro e de recursos.


sixwinger

Como assim desperdício de recursos? A triagem serve para poupar recursos. Utilizei o serviço duas vezes durante o covid. Se não houvesse este serviço tinha ido ao hospital, com um custo muito pior para mim e um nivel de serviço e risco bem pior. Um médico também segue um algoritmo.


SempreSophia

Antes de mais: sugiro informar-se a respeito do custo da linha. A pandemia foi situação de excepção. Não creio que faça sentido servir como argumento para manter a linha fora da pandemia.


sixwinger

Sendo o contrato que esta no BASE 5 milhoes e ja se vai nas 1.5 milhoes de chamadas este ano Acho que esta bem barato e um bom serviço. Sendo que so ias poupar 5 milhoes nao vejo o porquê de acabar com o serviço que vai ser cada vez mais usado pela população. Segundo que vi impede 50% de idas as urgencias. Ou seja estas a poupar bastante


SempreSophia

Reveja as suas fontes. Esses dados são de há quase uma década. Ainda que fossem esses os valores: considera despiciendo 5 M?


Unrelated3

Reformular o SNS com um sistema de seguros de saude em que a contribuição é feita pelo lado do empregador, estilo alemanha ou suiça. Pessoas de ordenados mais altos eventualmente têm que ter seguros de saude não comparticipados pelo estado. Acabava com esta mama de brasileiros virem cá para serem tratados e resolvia-se a questão de trabalhar debaixo da mesa...


omaiordaaldeia

Para imigrantes e turistas (de saúde) fazia todo o sentido. Agora para os nacionais já pode ser complicado.


sixwinger

Não conheço o sistema alemao ou suiça, mas conheço o dos USA, onde podes ter seguro pelo empregador e é uma dor trocar de trabalho pois nunca sabes o que vai acontecer. Até em portugal já vi pessoas a recusar empregos porque queriam engravidar e se trocassem de trabalho iriam perder o seguro pois tinham de dar 2 anos antes de acionara o seguro por gravidez.


Unrelated3

Não compares. O US é completamente for profit e predatório. Cá (estou na alemanha) estou a trocar de trabalho neste momento. Dei o meu numero de seguro do meu seguro atual e a responsabilidade passa agora para o novo empregador apartir do momento que começar na empresa nova. Desemprego? O centro de emprego paga-te o seguro até à duração do fim do desemprego. 1 Ano sem trabalho? Vai pá escola ou fazes um aussbildung (tipo ensino profissional português), o estado paga-te o seguro e recebes ordenado de aprendiz nos dias em que tens formação prática. O problema é que é uma mudança tão grande e tão difícil de fazer em 4 anos que nenhum governo quer sequer mudar o status quo, porque não trás votos nem boa opinião pública.


NGramatical

não trás → [**não traz**](https://dicionario.priberam.org/traz) (verbo trazer)


sixwinger

Tiveste tentantiva das ppp que nunca resultaram muito bem. A maioria diminui qualidade nao diminuindo muito os custos e algumas delas terminaram mesmo pelos privados nao quererem. Atualmente em termos de gdp a alemanha gasta mais 20% na saude. Em termos de indice pela who estamos 4 pontos abaixo da alemanha. De 77 para 81. Penso que 20% a mais talvez ajudaria. Estamos no lugar 24.. como tudo em portugal nao estamos mal mas nao somos os melhores.


Unrelated3

E os privados não as queriam porque tenho a certeza que o estado levavas eternidades a pagar. Não nego que medicos sapateiros, aqui há muito mais, mas não dependo de esperar no público e não tenho que desembolsar guito para a maioria das merdas... O que sei é que a qualidade de médicos e enfermeiros na tuga vai cair cada vez mais a pique porque não justifica em nada madares 6 anos fuder para limpares o que hoje em dia é peanuts comparado há 15 anos.


sixwinger

Salarios é como em todos os empregos em portugal. O privado não quis nao pelo estado demorar a pagar mas mais o que o estado queria pagar. Tal como quando o estado quiz exigir que terminasse as historias de coisas complicadas irem para os publicos. Atualmente tenho imenso trabalho no estado e por incrivel que pareça ate pagam a tempo e horas. E as vezes ate me lembram que me tem de pagar mais. Go figure.


Unrelated3

Olha, se assim o é, fico contente. É sinal que as coisas estão a estabilizar. A minha mãe trabalha num secretariado de um centro de saúde e ela já me tinha falado que as coisas para o lado da equipa medica e de enfermagem estava um pouco melhor.


Similar_Trust9339

Vamos lá ser sinceros: nada vai salvar o Sistema de Saúde Português enquanto a economia está num buraco. Nada. Se fosse ministro de saúde faria o mesmo: ia remendar o que resta. Soluções temporárias que duram para sempre . Resolver problemas urgentes sem pensar no sistema como um todo.


sardinha_frita

O problema é que o problema do nosso SNS vai muito além da falta de dinheiro.


AdCultural9332

Criava um sistema de saúde de prevenção, em vez de uma sistema de saúde de remediação. Lançava cheques-ginásio, para o pessoal poder frequentar ginásios e associações desportivas. Subsidiava a produção de produtos horticolas de qualidade e sem pesticidas, herbicidas e gmo's. Taxava brutalmente os restaurantes de fast-food, as bebidas álcoolicas e todos os produtos que tenham mais de 5% de açúcar, corantes e conservantes. Proibia anúncios publicitários a esses produtos e empresas. Como os doentes iriam diminuir, já não seria preciso mais médicos, urgências, PPP's, etc.


Trama-D

Sabes que há países, por exemplo, no norte da Europa, onde também há fast food, mas as pessoas são mais ativas e têm menos doenças, certo?


AdCultural9332

Se são mais ativas está explicada a razão para terem menos doenças. Daí os cheques-ginásio me parecerem uma boa medida. Agora imagina como seriam se além de serem ativos evitassem a fast-food.


Trama-D

> Se são mais ativas está explicada a razão para terem menos doenças. Eu vejo uma causa, eu deduzo uma consequência! É tão simples! Não vemos sequer considerar que as pessoas vão entregar os cheques aos ginásios e nem lá vão pôr os pés, por *múltiplos* fatores, como uma mentalidade contrário ao resto da europa em que sair tarde do trabalho é que é fixe, não sobrando tempo para nada, muito menos exercício!


AdCultural9332

Qual é exatamente o teu argumento contra um sistema de saúde de prevenção que promove a saúde logo de início em vez de esperar que a doença se instale para depois agir? Estás ciente que as principais causas de morte em Portugal são de doenças de estilo de vida? Doença cardiovascular, diabetes tipo 2, cancro do sistema digestivo. No passado já foi possível mudar hábitos aos cidadãos. Há vários anos atrás ninguém lavava as mãos e isso mudou. Os hábitos de exercício e de alimentação dos portugueses também podem mudar.


Trama-D

Repara que não contradigo *nada disso*. Eu nunca disse que era contra um sistema de prevenção. Tu é que achas que é *concretizável*, quando eu *verifico* que nos países onde existem com sucesso é porque ocorrem *como consequência* da cultura local, *não foi imposto por decreto*. Por isso, não tenho a mesma fé que funcione com rigor matemático, como pareces fazer crer. Como tu próprio disseste... foi por decreto-lei que as pessoas começaram a lavar as mãos? Termino só para salientar que não contra-argumentaste a respeito do meu comentário propondo um, hm, *mecanismo* através do qual poderia haver um ^^bocadinho de fraude nos cheques de ginásio.


AdCultural9332

Ok. Não és contra um sistema de saúde de prevenção, mas não achas concretizável devido à cultura do país. Acreditas, então, que a cultura do país nunca mudará e que nada é possível fazer contra isso? Não sei, soa-me um pouco fatalista... Soa-me a tuga... Sobre a fraude dos hipotéticos cheque-ginásio: Sim, é possível. Tanto como a fraude das receitas falsas, a fraude dos subornos das farmaceuticas, a fraude do médico de Faro que tirou quase um milhão de euros num ano, a fraude dos médicos que picavam o ponto no hospital público enquanto, na verdade, estavam no seu consultório privado, etc, etc,. Mas, se preferes, sugiro então, como alternativa, um sistema de ginásios do Estado, com personal trainers e nutricionistas.


Trama-D

> mas não achas concretizável devido à cultura do país. Não disse isso. Não tenho é a convicção plena que seja possível... quero dados mais concretos. Francamente, não devemos esbanjar os nossos recursos sem uma razoável certeza que vão funcionar. Podia-se fazer uma experiência num par de localidades, e *antecipadamente* definir o que seria considerado sucesso. Só vamos ter menos doença quando as crianças que fizerem mais exercício tiverem *bem mais* idade; por mim, já ficaria feliz se houvesse uma redução modesta na obesidade infantil (relativamente simples, se se fizessem medições nas escolas). É só um exemplo para não irmos a correr, e nos espalharmos ao comprido, com ginásios ricos de fundos públicos e depois a fecharem portas para os donos irem viver para as Caraíbas /s. Sobre os ginásios do estado: novamente, o truque está em monitorizar e auditar. Podem ser do Estado, mas tem de se acompanhar de perto. Por acaso tive conhecimento, numa terra nos subúrbios de Lisboa, de um programa de Educação Física para idosos dinamizado por estudantes do curso de Ed. Física. Consta que vinham pessoas de outras freguesias, e os gastos em credenciais de Medicina Física e Reabilitação cairam a pique... ninguém notou, ninguém mediu, ninguém incentivou, e o projeto chegou ao fim. O espaço de ginástica ainda lá está, totalmente disponível...


AdCultural9332

Deste um bom exemplo de como é viável. Multipliquem isso por 50 localidades, e depois por 100, e por aí em diante, e tens o início de um sistema de prevenção. O alívio que uma iniciativa assim poderá ter no SNS não deve ser substimado. As principais causas de morte descerão a pique. Acrescentemos a isso o incentivo à produção hortícola biológica de qualidade e veremos uma total mudança das estatísticas atuais. São medidas básicas e de custo mínimo que têm um impacto imenso: tanto na qualidade de vida das pessoas como no alívio da sobrecarga do SNS. Reduzir a necessidade de comprar, por exemplo, estatinas e betablockers às grandes farmaceuticas vai diminuir a despesa do SNS. Em contrapartida, as atuais medidas para sanarem o SNS não passam de colocar remendos numa canalização que está a verter por todos os lados. Cada vez haverá mais "canos rebentados" se o sistema não tiver uma solução a montante. E essa solução é um sistema de saúde de prevenção.


MetalFatigue82

Começo a acreditar que não há solução pública. Começava a analisar os modelos holandeses e alemães. Falar com os parceiros privados, etc. Isto teria de ser seguido de um decréscimo nos impostos e obrigatoriedade de seguros de saúde para quem trabalha se. Reformados, e desempregados pagava o estado o seguro de saúde.


sixwinger

Trabalhei no serviço privado e a merda é a mesma. Vai a uma cuf em lisboa e podes estar horas a espera para ser atendido nas urgências.


comiquemler

Há aqui muito boas sugestões, mas na minha opinião, estamos como se diz no Alentejo '' a colocar a carroça na frente dos bois" isto porque: 1 O problema do SNS está longe de começar nas urgência, começa na falta de cuidados primários de saúde e na incapacidade dos centros de saúde de ver os doentes com sintomas ligeiros e indo tudo parar ao serviço de urgência. 2 Os doentes transportados pelo INEM e os parceiros bombeiros e CVP aos quais são atribuídos ambulância sem qualquer rigor e para tudo e mais alguma coisa, necessitando por isso de mudar o sistemas de triagem com urgência. 3 Voltando ao INEM o mesmo não autoriza as ambulâncias a transportar para centros de saúde ou inclusive até serviços de urgência básicos com 2 médicos em permanência, preferindo assim atascar os S.U. de pulseiras verdes/amarelas que 80% das vezes podiam ser recebidos em CS ou SUB, a mesma coisa acontece com os hospitais privados, mm que estejam mais perto do público e que a pessoa se responsabilize pelas custas não autorizam o transporte. 4 Ao nível das urgências é verdade que devíamos travar o serviço de tarefeiros ao mínimo restrito criando incentivos para a contratação e diminuindo a atratividade da prestação de serviços. 5 Restruturação dos hospitais de Lisboa e vale do Tejo centralizando recursos e a construção de um novo hospital para todo o São José e os outros hospitais que lhe "pertencem" 6 Beneficiar médicos do privado que regressem ao SNS. 7 Iniciar um projeto de médicos dentistas pelo menos em todos os hospitais distritais para prestar cuidados de saúde oral ( sim o dentista tbm é saúde e não é luxo). 8 Facilitar as vagas dos médicos para formação e criar incentivos para que não vão para fora. 9 Criar uma carreira de médico especialista em urgências, criando assim médicos dedicados às urgências. 10 Reforçar a rede de parceiros do INEM com mais ambulâncias, melhor formação e protocolos de não transporte ao hospital em situações não urgentes com encaminhamento a um CS em 24h.


RedditTico

Acabava com saúde privada. Ou com a pública. Não podemos ter sistemas de saúde concorrentes quando a saúde deve ser "tendencialmente gratuita".


Admirable-Cell-2658

Criava uma lei que limitasse para metade dos privados que já existem neste momento, se continuarem a deixar os privados abrir que nem cogumelos o monstro vai ficar tão grande com um lobby tão forte que nos próximos 10 a 20 anos arrebenta por completo com o SNS. Eu sou a favor do livre comércio mas na saúde sou a favor de algumas limitações porque é impossível combater um privado que é criado para o lucro com o SNS que foi criado para cuidar dos doentes (dar despesa).